Contratos internacionais: aspectos jurídicos a serem considerados

Quando se trata de realizar negócios além das fronteiras, é fundamental compreender os aspectos jurídicos envolvidos nos contratos internacionais. Esses acordos são regidos por leis específicas e requerem uma série de precauções legais para garantir a proteção dos interesses das partes envolvidas. Neste artigo, discutiremos alguns dos principais aspectos jurídicos que devem ser considerados ao celebrar contratos internacionais.

Definição de contratos internacionais

Os contratos internacionais são acordos firmados entre partes localizadas em diferentes países. Eles podem envolver a compra e venda de bens, prestação de serviços, transferência de tecnologia, entre outros. A principal característica desses contratos é que eles são regidos pelo direito internacional, que é um conjunto de princípios e normas que regula as relações entre países.

Princípios do direito internacional aplicáveis aos contratos internacionais

No contexto dos contratos internacionais, alguns princípios do direito internacional são especialmente relevantes. Um deles é o princípio da autonomia da vontade das partes, que permite que as partes determinem as cláusulas e condições do contrato de acordo com sua livre escolha. Outro princípio importante é o da boa-fé, que exige que as partes ajam de forma honesta e leal ao negociar e executar o contrato. Além disso, o princípio da lex mercatoria, ou lei do comércio internacional, é frequentemente invocado em contratos internacionais para preencher lacunas legais quando as leis nacionais são insuficientes.

No Código Civil, existe um artigo (Lei de Introdução ao Código, artigo 9º) que diz que, para determinar as regras que se aplicam a contratos e obrigações, a lei do país onde esses contratos foram feitos deve ser usada. No entanto, se uma obrigação tiver que ser cumprida no Brasil e isso for muito importante, então as regras brasileiras devem ser seguidas, embora algumas regras estrangeiras ainda se apliquem. Além disso, o local onde a pessoa que fez a oferta (proponente) mora é considerado o local onde o contrato foi feito:

“Art. 9º  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.

Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.

A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.”

A importância de um advogado nos trâmites do contrato internacional

Devido à complexidade e à variedade de leis envolvidas nos contratos internacionais, é altamente recomendável contar com a assessoria de um advogado especializado nessa área. Um advogado com experiência em direito internacional e contratos internacionais pode auxiliar na redação e negociação do contrato, garantindo que todas as cláusulas sejam adequadas e cumpram as leis aplicáveis. Além disso, um advogado pode ajudar na resolução de disputas que possam surgir durante a execução do contrato, oferecendo aconselhamento jurídico especializado e representando os interesses de seus clientes.

Conclusão

Ao celebrar contratos internacionais, é crucial considerar os aspectos jurídicos para garantir a segurança e proteção de todas as partes envolvidas. A definição do contrato, os princípios do direito internacional aplicados, a escolha da lei aplicável e a importância de contar com um advogado especializado são elementos essenciais para o sucesso desses acordos. Portanto, é fundamental buscar orientação jurídica adequada e garantir a conformidade com as leis e regulamentos internacionais.

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